A linguagem semiótica dá a oportunidade
de refletir sobre os processos sociais e sua ligação com a produção de
significados semióticos. A produção de signos destes recursos está atrelada com
os meios de comunicação e suas representações, para isso é preciso fazer
análises que levam a enxergar além da imagem, o que o design visual quer
representar em certa figura ou ilustração.
As imagens produzidas são
culturamente comuns a todas as pessoas e seu processo de construção de
significados na linguagem verbal pode ser a ferramenta de descrição formal por
meio de uma gramática. Nesse contexto, todas as modalidades semióticas podem
formar textos com signos que são coerentes entre si, tanto no meio externo
quanto no meio interno.
Com o surgimento de opiniões
negativas que foram feitas sobre a semiótica tradicional, como a falta de usos
e das funções sociais dos sistemas semióticos e a escassez de uma prática
analítica bem estruturada, que dá auxílio na descrição e interpretação das
estruturas e processos, surgiu a teoria de Hodge e Kress (1988) sobre a
semiótica social da comunicação visual que estabelece dois princípios básicos:
um deles para compreender a estrutura e o processo de linguagem e o outro
baseando-se no fato de que nenhuma forma semiótica pode ser estudada
separadamente, vista que o significado é composto pela junção dos diversos
modos semióticos em uso em um determinado modelo de texto ou evento social
(seja ele visual, sonoro, gestual, entre outros.).
O rápido desenvolvimento de
tecnologias multimídia tem atuado significativamente na apresentação visual dos
meios de comunicação pública, provocando mudanças na produção de significados e
nas formas de representação. A confirmação disso é a forma com que movimento,
som e imagem tornaram-se entrelaçados no cotidiano dos seres humanos.
Gilmya Rodrigues e Maisa Montilha.